Hoje à tarde conversei pelo telefone com uma colega americana. Foi boa a conversa. Ela estava interessada em saber como a gente aqui estava usando o ambiente interativo no nosso trabalho cotidiano.
(Lembre-se: trabalho na Microsoft na área de difusão e adoção de novas tecnologias com foco em user experience.)
Uma das coisas que contei pra ela foi… o que eu acabo de fazer: seja no twitter ou orkut ou Campus Party eu sempre deixo claro quem eu sou, onde eu trabalho e qual a natureza do meu trabalho. Gosto de clareza, gosto de transparência, gosto de assumir posição.
Outra coisa que contei pra ela foi que, mais recentemente, passei a deixar ainda mais clara a diferença entre minha presença “pessoal”, pessoa física mesmo, e a minha atuação “PJ”, corporativa. É por isso que estou no Twitter com dois ID’s, @renedepaula e @uaudecadadia. Nos meus blogs, a mesma separação: tenho N blogs pessoais (o mais novo é o www.usina.com/bluenotes, escrito à mão) mas mantenho meu blog corporativo em separado.
Por que estou contando essa história toda? Porque estou ainda em dúvida sobre como compartilhar com vocês coisas que vi no MIX09, evento da Microsoft em Las Vegas voltado para a inovação digital. Eu não quero usar esse canal aqui, sempre um canal do “rené pessoa física”, para fazer jabá de qualquer natureza. Longe de mim. E aí, alguma sugestão?
Well, façamos assim: não vou dar nome aos bois mas vou sim compartilhar com vocês a visão, o conceito, os sinais do que está por vir. Combinado?
(Na verdade esse é o meu trabalho: compartilhar visões de futuro.)
O que eu vi, afinal? Aparentemente (e se me perdoam o trocadilho óbvio) um mix de coisas. Na real, porém, nada de mix ou mixórdia ou mistério. Tudo muito encaixadinho, costurado, redondo, tudo girando em torno de uma coisa só: você.
E a notícia é: você não é só um browser. Você não é só um indicador clicando links. Você tem duas mãos com cinco dedos cada, você anda pra lá e pra cá, você tem nome e sobrenome e amigos e história e desejos e dúvidas e memórias e futuro. Em torno dessa aventura eletrizante que é você há inúmeras maneiras da tecnologia entrar na sua vida.
Pensando bem: não há inúmeras maneiras. Há duas: a certa e a errada. E acho que foi isso o que eu vi. Maneiras relevantes e consistentes e úteis e gostosas de se colocar a tecnologia a serviço de experiências boas. Eu vi interfaces gestuais. Eu vi interfaces “naturais”. Eu vi experiências que começam no browser, continuam no computador, seguem no celular e vão se desdobrando máquinas afora sem perder o rebolado. Eu vi teus amigos te seguindo de uma aplicação a outra. Eu vi você gerenciando o que você quer ver com quem e onde e de que maneira e quando. Eu vi teu patrimônio digital na ponta dos teus dedos seja em que máquina for. Eu vi tudo o que você produz em N lugares convergindo para um fluxo só. Eu vi empresas concorrentes colaborando em teu favor.
Eu vi, em suma, um mundo você-cêntrico, onde seus amigos, suas coisas, seus aparelhos giram em torno de você ligados pela internet. Eu vi – e sei que isso soa estranho – eu vi transparência, eu vi a invisibilização (urruuu, viajei) da tecnologia.Vi coisas que são tão naturais que você nem pára pra pensar em frameworks, protocolos, API’s nem nada. Você simplesmente usa. Mais ou menos como uma criança de hoje, que pede pra ver na tela a foto que você acabou de tirar, sem imaginar que já houve negativos, revelação, demoras e processos.
Well, foi mais ou menos isso o que eu vi. Pensando bem, eu vi mais do que isso: vi quem faz esse futuro. E é por isso que estou compartilhando essa história com vocês: o que eu vi lá ainda não vejo aqui.
Voltemos pra aquela conversa telefônica com a moça americana. Eu contei pra ela que o cenário interativo aqui era um pouco diferente, não só porque tem muita gente focando em social media mas também porque muitas agências vivem mais de campanhas do que de qualquer outra coisa. A parte da social media ela entendeu logo, mas quanto ao perfil das agências ela ficou um pouco surpresa.
Voltemos pro MIX09. As maravilhas todas que eu vi dá pra fazer agora, as ferramentas e plataformas estão todas aí. Mas… quem vai fazer? Arrá!
Calma, não estou duvidando da competência e talento de ninguém. Estou pensando em foco, em visão estratégica. Quando uma grande marca (um banco, digamos, ou uma montadora) quiser construir uma aplicação que permita a seus clientes gerenciar suas coisas online e offline, mobile ou não, no desktop ou na web… quem ela vai procurar?
Pense bem: isso não é uma campanha. Isso não está na alçada do marketing da empresa, nem da comunicação. Isso é mais estratégico. Esse é o tipo de coisa em que o presidente da empresa se envolve, porque diz respeito não só à imagem, mas também ao futuro negócio.
Pense bem: isso não é só um desafio criativo. É um desafio tecnológico, vai demandar desenvolvimento parrudo. É um desafio de planejamento, porque vai impactar o futuro da empresa.
E aí, ela pensaria na tua agência? Ele pensaria numa empresa de desenvolvimento? Ele faria tudo in house para que a estratégia não vazasse? Ou ele quebraria esse projeto entre três fornecedores, um de estratégia, um de design e um de tecnologia?
Well, deixo a questão em aberto. O que eu sei é que vi lá tipos de agência que não vejo muito por aqui, agências que são encaradas como parceiras estratégicas em inovação, agências que levam as marcas a um outro patamar de relacionamento com seus clientes. Agências capazes de bolar, entregar e gerenciar experiências inovadoras.
Veja você: a tecnologia está aí, é só questão de você explorar (todas as palestras do MIX09 estão online). As plataformas e API’s e frameworks e bases gigantes de usuários estão aí, é só você usar. Novos aparelhos e gadgets e devices não param de surgir. Para completar: as marcas estão atentas a tudo isso e estão ficando inquietas. Volta e meia meu telefone toca e me perguntam quem está aparelhado, capacitado, experimentado para criar experiências tão ricas.
Algumas agências eu sei que posso indicar. O que tua agência faz mesmo? Social?
(Lembre-se: trabalho na Microsoft na área de difusão e adoção de novas tecnologias com foco em user experience.)
Uma das coisas que contei pra ela foi… o que eu acabo de fazer: seja no twitter ou orkut ou Campus Party eu sempre deixo claro quem eu sou, onde eu trabalho e qual a natureza do meu trabalho. Gosto de clareza, gosto de transparência, gosto de assumir posição.
Outra coisa que contei pra ela foi que, mais recentemente, passei a deixar ainda mais clara a diferença entre minha presença “pessoal”, pessoa física mesmo, e a minha atuação “PJ”, corporativa. É por isso que estou no Twitter com dois ID’s, @renedepaula e @uaudecadadia. Nos meus blogs, a mesma separação: tenho N blogs pessoais (o mais novo é o www.usina.com/bluenotes, escrito à mão) mas mantenho meu blog corporativo em separado.
Por que estou contando essa história toda? Porque estou ainda em dúvida sobre como compartilhar com vocês coisas que vi no MIX09, evento da Microsoft em Las Vegas voltado para a inovação digital. Eu não quero usar esse canal aqui, sempre um canal do “rené pessoa física”, para fazer jabá de qualquer natureza. Longe de mim. E aí, alguma sugestão?
Well, façamos assim: não vou dar nome aos bois mas vou sim compartilhar com vocês a visão, o conceito, os sinais do que está por vir. Combinado?
(Na verdade esse é o meu trabalho: compartilhar visões de futuro.)
O que eu vi, afinal? Aparentemente (e se me perdoam o trocadilho óbvio) um mix de coisas. Na real, porém, nada de mix ou mixórdia ou mistério. Tudo muito encaixadinho, costurado, redondo, tudo girando em torno de uma coisa só: você.
E a notícia é: você não é só um browser. Você não é só um indicador clicando links. Você tem duas mãos com cinco dedos cada, você anda pra lá e pra cá, você tem nome e sobrenome e amigos e história e desejos e dúvidas e memórias e futuro. Em torno dessa aventura eletrizante que é você há inúmeras maneiras da tecnologia entrar na sua vida.
Pensando bem: não há inúmeras maneiras. Há duas: a certa e a errada. E acho que foi isso o que eu vi. Maneiras relevantes e consistentes e úteis e gostosas de se colocar a tecnologia a serviço de experiências boas. Eu vi interfaces gestuais. Eu vi interfaces “naturais”. Eu vi experiências que começam no browser, continuam no computador, seguem no celular e vão se desdobrando máquinas afora sem perder o rebolado. Eu vi teus amigos te seguindo de uma aplicação a outra. Eu vi você gerenciando o que você quer ver com quem e onde e de que maneira e quando. Eu vi teu patrimônio digital na ponta dos teus dedos seja em que máquina for. Eu vi tudo o que você produz em N lugares convergindo para um fluxo só. Eu vi empresas concorrentes colaborando em teu favor.
Eu vi, em suma, um mundo você-cêntrico, onde seus amigos, suas coisas, seus aparelhos giram em torno de você ligados pela internet. Eu vi – e sei que isso soa estranho – eu vi transparência, eu vi a invisibilização (urruuu, viajei) da tecnologia.Vi coisas que são tão naturais que você nem pára pra pensar em frameworks, protocolos, API’s nem nada. Você simplesmente usa. Mais ou menos como uma criança de hoje, que pede pra ver na tela a foto que você acabou de tirar, sem imaginar que já houve negativos, revelação, demoras e processos.
Well, foi mais ou menos isso o que eu vi. Pensando bem, eu vi mais do que isso: vi quem faz esse futuro. E é por isso que estou compartilhando essa história com vocês: o que eu vi lá ainda não vejo aqui.
Voltemos pra aquela conversa telefônica com a moça americana. Eu contei pra ela que o cenário interativo aqui era um pouco diferente, não só porque tem muita gente focando em social media mas também porque muitas agências vivem mais de campanhas do que de qualquer outra coisa. A parte da social media ela entendeu logo, mas quanto ao perfil das agências ela ficou um pouco surpresa.
Voltemos pro MIX09. As maravilhas todas que eu vi dá pra fazer agora, as ferramentas e plataformas estão todas aí. Mas… quem vai fazer? Arrá!
Calma, não estou duvidando da competência e talento de ninguém. Estou pensando em foco, em visão estratégica. Quando uma grande marca (um banco, digamos, ou uma montadora) quiser construir uma aplicação que permita a seus clientes gerenciar suas coisas online e offline, mobile ou não, no desktop ou na web… quem ela vai procurar?
Pense bem: isso não é uma campanha. Isso não está na alçada do marketing da empresa, nem da comunicação. Isso é mais estratégico. Esse é o tipo de coisa em que o presidente da empresa se envolve, porque diz respeito não só à imagem, mas também ao futuro negócio.
Pense bem: isso não é só um desafio criativo. É um desafio tecnológico, vai demandar desenvolvimento parrudo. É um desafio de planejamento, porque vai impactar o futuro da empresa.
E aí, ela pensaria na tua agência? Ele pensaria numa empresa de desenvolvimento? Ele faria tudo in house para que a estratégia não vazasse? Ou ele quebraria esse projeto entre três fornecedores, um de estratégia, um de design e um de tecnologia?
Well, deixo a questão em aberto. O que eu sei é que vi lá tipos de agência que não vejo muito por aqui, agências que são encaradas como parceiras estratégicas em inovação, agências que levam as marcas a um outro patamar de relacionamento com seus clientes. Agências capazes de bolar, entregar e gerenciar experiências inovadoras.
Veja você: a tecnologia está aí, é só questão de você explorar (todas as palestras do MIX09 estão online). As plataformas e API’s e frameworks e bases gigantes de usuários estão aí, é só você usar. Novos aparelhos e gadgets e devices não param de surgir. Para completar: as marcas estão atentas a tudo isso e estão ficando inquietas. Volta e meia meu telefone toca e me perguntam quem está aparelhado, capacitado, experimentado para criar experiências tão ricas.
Algumas agências eu sei que posso indicar. O que tua agência faz mesmo? Social?