Há muito tempo atrás alguém disse: o cachimbo dá ao homem sábio tempo para pensar e ao tolo alguma coisa para enfiar na boca. Faz muito tempo, claro, ninguém fuma mais cachimbos. Mas, seja em que tempo for, tolos sempre vão arrumar infinitos usos tolos pra qualquer coisa. Internet, por exemplo.
Não, internet não é tolice, claro que não. Adoro. Internet, aliás, é algo tão vasto e tão abrangente que nem dá pra generalizar, é como fazer o infinito caber no bolso. Aliás (adoro aliás), o que mais é infinito? Espaço? Hmmm… ninguém sabe ao certo. Tempo? Well, só se for o seu : ) Meu tempo é finito pacas, finito e sem undo. O meu e (acredite) o teu também.
Eu sei, quando a gente é novinho o tempo parece um marzão sem fim. Tardes intermináveis e tolices na sessão da tarde, verões que não acabam nunca, férias de meeeeses. O tempo é tanto que nem dói desperdiçar.
Não dói na hora, quero dizer. Mais adiante, quando você se deparar com um candidato mais preparado, com mais experiências, com mais idiomas, vai doer lá no fundo. Deveria doer, pelo menos.
Comprei outro dia um livro do Laerte. Adoro Laerte, o cara é sublime. O livro é um resgate da sua infância, daquelas tardes compridas inventando brincadeiras, fantasiando, criando. No tempo dele (e no meu) a gente não tinha acesso a muita coisa. Eu trazia livros da biblioteca da escola, ele desenhava, e fora isso a vida era bem pacata. Televisão, no máximo. Se contassem pra gente sobre garotos com games, consoles, internet, players de música, celular … a gente ia duvidar. Mais fácil acreditar em Star Trek : )
Pois é, meu caro. Você tem tudo isso: informação infinita, ferramentas avançadíssimas, tempo de sobra… E aí, o que você está fazendo com tudo isso? Mudando o mundo? Desenvolvendo uma idéia que vai mudar a maneira como seus vizinhos vivem, seu país vive, o planeta vive? Espero que sim. É o mínimo que você deveria estar fazendo com todo esse tesouro que você tem nas mãos (ou na ponta do indicador, pelo menos).
Pense na Microsoft. Pense na Apple. Bill Gates era um garoto quando disse: eu sonho com um computador em cima de cada mesa no mundo todo. (Detalhe: isso era inimaginável). O Steve Jobs está aí até hoje, sonhando e mudando o mundo desde garoto. Eles tinham super-poderes? Ajuda de alienígenas? Não, eram garotos começando empresas na garagem. Eram garotos com as mesmas tardes compridas e férias e dias de 24h como os seus e os meus.
Ok, ok, eu e você somos reles mortais, e eu mesmo não tenho espírito empreendedor algum. Mas a mensagem é: eu posso, você pode, nós podemos ir muito além do que somos e fazemos.
Palestrei outro dia na Feira do Estudante aqui em São Paulo. Na platéia, dúzias e dúzias de jovens que já nasceram cercados de PC’s, cresceram imersos em games e web e que estavam ali pensando em que rumo dar às próprias vidas. Eu ali, marmanjão, diante deles para mostrar novidades em tecnologia, novos produtos e serviços e coisa e tal e então me caiu a ficha: a oportunidade ali era única. Mostrei as novidades todas, claro, mas fui além: tentei, junto com eles, imaginar como usar aqueles recursos todos de maneira relevante e fecunda.
O recurso de Grupos Online, por exemplo, poderia servir pra um trabalho de escola, com a equipe toda compartilhando arquivos e trocando figurinhas. Ou eles poderiam criar grupos de discussão sobre temas concretos da vida escolar: onde comprar materiais com desconto, onde encontrar livros, programar caronas, preparar assembléias…Ou poderiam usar Grupos para organizar campanhas no bairro: campanha do agasalho, reciclagem, alfabetização de adultos. Ou poderiam criar grupos onde os idosos tivessem espaço pra contar suas memórias e resgatar a história do bairro. Ou os professores de escolas menos equipadas poderiam usar esse recurso para compartilhar recursos adicionais, colocar o calendários de trabalhos e provas e ficar à disposição dos alunos depois da aula presencial. Ou… ou… Idéias não faltam quando a gente presta atenção no mundo que nos cerca. Tanta coisa que dá pra melhorar e aprimorar e democratizar… Não? É só pensar, planejar e por a mão na massa. Plataformas sociais estão aí pra isso, pra você estudar suas API’s e recursos e… mudar o mundo.
Quer ver um exemplo altamente inspirador? Dê uma olhada no On The Road (http://www.ontheroad.to), feito inteirinho em cima de plataformas sociais. O conceito é transformador: todos nós temos coisas que usamos pouco. O aspirador, a impressora, o carro, recursos que a gente usa um tiquinho e fica parado o resto do dia. Ou da semana. Será que não daria pra compartilhar isso de alguma maneira? É esse o conceito do site: mapear o que você usa pouco e ver se tem gente perto de você que poderia usar no resto do tempo. Isso vale pra cortador de grama, cortador de unha, contador de história, o que estiver dando sopa por aí.
Quer mais inspiração? A designer americana Deborah Adler – uma graça, aliás – quase perdeu a avó porque a velhinha confundiu os vidros dos remédios. O que ela fez a respeito? Arregaçou as mangas, usou seu talento de designer e revolucionou a maneira como os medicamentos são embalados, o que não só melhorou o de muita gente como salvou um montão de vidas. Quer vê-la contando a história toda? Está na metade deste vídeo aqui: http://tinyurl.com/palestradadeborah
Você tem uma vantagem sobre a Deborah. Juro, você tem sim. Ela vive num mundo em que quase tudo está resolvido. Por sorte ela achou uma coisa bem escondidinha pra melhorar. Você não, você está num país, numa cidade, num bairro que está precisando desesperadamente do teu talento e da tua energia. Você está cercado de oportunidades fantásticas, e já tem nas mãos ferramentas e plataformas super poderosas esperando pra serem usadas. Não fuja da reta.
(Essa história me faz lembrar um pôster de um evento nosso aqui, que tinha um desenho bacana e a frase “Change the world or go home”, mude o mundo ou volte pra casa. Belo desafio. E como diria Obama, yes, you can )
Não, internet não é tolice, claro que não. Adoro. Internet, aliás, é algo tão vasto e tão abrangente que nem dá pra generalizar, é como fazer o infinito caber no bolso. Aliás (adoro aliás), o que mais é infinito? Espaço? Hmmm… ninguém sabe ao certo. Tempo? Well, só se for o seu : ) Meu tempo é finito pacas, finito e sem undo. O meu e (acredite) o teu também.
Eu sei, quando a gente é novinho o tempo parece um marzão sem fim. Tardes intermináveis e tolices na sessão da tarde, verões que não acabam nunca, férias de meeeeses. O tempo é tanto que nem dói desperdiçar.
Não dói na hora, quero dizer. Mais adiante, quando você se deparar com um candidato mais preparado, com mais experiências, com mais idiomas, vai doer lá no fundo. Deveria doer, pelo menos.
Comprei outro dia um livro do Laerte. Adoro Laerte, o cara é sublime. O livro é um resgate da sua infância, daquelas tardes compridas inventando brincadeiras, fantasiando, criando. No tempo dele (e no meu) a gente não tinha acesso a muita coisa. Eu trazia livros da biblioteca da escola, ele desenhava, e fora isso a vida era bem pacata. Televisão, no máximo. Se contassem pra gente sobre garotos com games, consoles, internet, players de música, celular … a gente ia duvidar. Mais fácil acreditar em Star Trek : )
Pois é, meu caro. Você tem tudo isso: informação infinita, ferramentas avançadíssimas, tempo de sobra… E aí, o que você está fazendo com tudo isso? Mudando o mundo? Desenvolvendo uma idéia que vai mudar a maneira como seus vizinhos vivem, seu país vive, o planeta vive? Espero que sim. É o mínimo que você deveria estar fazendo com todo esse tesouro que você tem nas mãos (ou na ponta do indicador, pelo menos).
Pense na Microsoft. Pense na Apple. Bill Gates era um garoto quando disse: eu sonho com um computador em cima de cada mesa no mundo todo. (Detalhe: isso era inimaginável). O Steve Jobs está aí até hoje, sonhando e mudando o mundo desde garoto. Eles tinham super-poderes? Ajuda de alienígenas? Não, eram garotos começando empresas na garagem. Eram garotos com as mesmas tardes compridas e férias e dias de 24h como os seus e os meus.
Ok, ok, eu e você somos reles mortais, e eu mesmo não tenho espírito empreendedor algum. Mas a mensagem é: eu posso, você pode, nós podemos ir muito além do que somos e fazemos.
Palestrei outro dia na Feira do Estudante aqui em São Paulo. Na platéia, dúzias e dúzias de jovens que já nasceram cercados de PC’s, cresceram imersos em games e web e que estavam ali pensando em que rumo dar às próprias vidas. Eu ali, marmanjão, diante deles para mostrar novidades em tecnologia, novos produtos e serviços e coisa e tal e então me caiu a ficha: a oportunidade ali era única. Mostrei as novidades todas, claro, mas fui além: tentei, junto com eles, imaginar como usar aqueles recursos todos de maneira relevante e fecunda.
O recurso de Grupos Online, por exemplo, poderia servir pra um trabalho de escola, com a equipe toda compartilhando arquivos e trocando figurinhas. Ou eles poderiam criar grupos de discussão sobre temas concretos da vida escolar: onde comprar materiais com desconto, onde encontrar livros, programar caronas, preparar assembléias…Ou poderiam usar Grupos para organizar campanhas no bairro: campanha do agasalho, reciclagem, alfabetização de adultos. Ou poderiam criar grupos onde os idosos tivessem espaço pra contar suas memórias e resgatar a história do bairro. Ou os professores de escolas menos equipadas poderiam usar esse recurso para compartilhar recursos adicionais, colocar o calendários de trabalhos e provas e ficar à disposição dos alunos depois da aula presencial. Ou… ou… Idéias não faltam quando a gente presta atenção no mundo que nos cerca. Tanta coisa que dá pra melhorar e aprimorar e democratizar… Não? É só pensar, planejar e por a mão na massa. Plataformas sociais estão aí pra isso, pra você estudar suas API’s e recursos e… mudar o mundo.
Quer ver um exemplo altamente inspirador? Dê uma olhada no On The Road (http://www.ontheroad.to), feito inteirinho em cima de plataformas sociais. O conceito é transformador: todos nós temos coisas que usamos pouco. O aspirador, a impressora, o carro, recursos que a gente usa um tiquinho e fica parado o resto do dia. Ou da semana. Será que não daria pra compartilhar isso de alguma maneira? É esse o conceito do site: mapear o que você usa pouco e ver se tem gente perto de você que poderia usar no resto do tempo. Isso vale pra cortador de grama, cortador de unha, contador de história, o que estiver dando sopa por aí.
Quer mais inspiração? A designer americana Deborah Adler – uma graça, aliás – quase perdeu a avó porque a velhinha confundiu os vidros dos remédios. O que ela fez a respeito? Arregaçou as mangas, usou seu talento de designer e revolucionou a maneira como os medicamentos são embalados, o que não só melhorou o de muita gente como salvou um montão de vidas. Quer vê-la contando a história toda? Está na metade deste vídeo aqui: http://tinyurl.com/palestradadeborah
Você tem uma vantagem sobre a Deborah. Juro, você tem sim. Ela vive num mundo em que quase tudo está resolvido. Por sorte ela achou uma coisa bem escondidinha pra melhorar. Você não, você está num país, numa cidade, num bairro que está precisando desesperadamente do teu talento e da tua energia. Você está cercado de oportunidades fantásticas, e já tem nas mãos ferramentas e plataformas super poderosas esperando pra serem usadas. Não fuja da reta.
(Essa história me faz lembrar um pôster de um evento nosso aqui, que tinha um desenho bacana e a frase “Change the world or go home”, mude o mundo ou volte pra casa. Belo desafio. E como diria Obama, yes, you can )